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O problema económico assenta a sua existência em bens escassos. Bens esses que não existem em grandes quantidades para satisfazer todas as necessidades. Assim, a noção de escassez deve ser articulada com a de utilidade marginal, pois só estes bens é que têm utilidades marginais positivas. Entende-se por utilidade marginal a utilidade do bem que está à margem, quer por se tratar do bem que satisfaz a necessidade menos premente, quer por se tratar de um bem que vem satisfazer uma determinada necessidade que foi já satisfeita com unidades anteriores.

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Sendo um bem escasso, na ausência de um preço verifica-se uma procura excedentária em relação à oferta, logo numa economia de mercado o preço desempenha uma função básica de limitação da procura. Mas existe outros métodos a aplicar de forma a que a procura coincida com a oferta, sendo através da intervenção da autoridade (com qualquer forma de racionamento), a rapidez de quem chegou primeiro ou até de quem se disponha a pagar um preço suficientemente alto.

Assim, percebe-se que o preço reporta à utilidade marginal, sendo por isso que ele é muito baixo para um bem muito comum e muito alto para um bem quase inexistente (raro).

Facilmente se compreende que o consumidor racional, tendo em conta o seu rendimento e os preços dos diversos bens, procurará antes uma situação em que haja um equilíbrio entre as utilidades marginais dos diversos bens ponderadas pelos respetivos preços.

É o caso de que se para comprar uma unidade adicional de um certo bem for preciso pagar uma determinada quantia e para comprar uma unidade adicional de um outro bem semelhante basta uma quantia mais baixa, por certo não se comprará o primeiro se for igual à utilidade marginal de ambos.

Bibliografia: Manuel Carlos Lopes PORTO, Economia: Um Texto Introdutório, pags. 45-48

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