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O ecossistema de empreendedorismo em Portugal tem evoluído bastante nos últimos anos. No entanto, um estudo internacional, intitulado Global Entrepreneurship Repor, levado a cabo pela Amway, e que envolveu 50 mil pessoas, de 44 países diferentes, revelou algumas das maiores barreiras que são colocadas aos portugueses quando decidem arrancar com os seus negócios.
Impostos
No topo da lista de “reclamações” dos portugueses estão os impostos. Quando questionados sobre a facilidade de gerir esta variável nos seus negócios, apenas 16% dos inquiridos portugueses se revelaram capazes.
Neste campo, a média global foi de 33%. Os empreendedores com mais facilidades vêm do Vietname (77%) e da China (70%).
Situação económica do país
Para além dos impostos, os portugueses queixam-se da situação económica do país. Apenas 15% referem que esta é favorável ao empreendedorismo, enquanto a média global se fixa nos 36%.
Mais descontentes que os portugueses estão os empreendedores oriundos de França (10%), da Bulgária (9%), da Espanha (8%), da Grécia (6%), da Croácia (5%), da Itália (4%) e da Ucrânia (2%).
Por outro lado, os chineses são os que se queixam menos desta componente. Neste país asiático, 80% dos empreendedores revelaram que a situação económica é favorável ao empreendedorismo. Já o grande rival tecnológico da China, os Estados Unidos, apresentou uma taxa de contentamento de 57%.
Espírito empreendedor
O espírito empreendedor parece estar de boa saúde no público português. Questionados sobre a possibilidade de ver um negócio próprio como uma oportunidade de carreira, 56% dos portugueses responderam positivamente. A média global fixou-se nos 49% e a da União Europeia nos 41%.
Outro sinal afirmativo do espírito empreendedor nacional é o facto de 49% afirmarem terem as skills necessárias para criar um negócio. Nesta questão, a média da União Europeia foi de 37% e a global de 43%.
Investimento
O relatório veio dar força à tese de que um dos grandes problemas do ecossistema português ainda passa pela dificuldade de os empreendedores levantarem rondas de investimento. Apenas um terço dos inquiridos portugueses diz saber como levantar dinheiro para a sua ideia de negócio. O mesmo número dos que revelaram que esta seria uma das maiores ajudas para o seu negócio.
Tecnologia e educação
Apesar de Portugal estar mal posicionado nas últimas categorias, no que toca à tecnologia disponível que torna o empreendedorismo mais fácil, 52% dos portugueses mostrou-se contente com esta situação, uma diferença positiva de quatro pontos percentuais em relação à média global.
Um dos fatores mais cobiçados nos empreendedores nacionais é o nível de educação e de talento. Aqui, 43% revelaram que as instituições de ensino fornecem as competências necessárias para desenvolver um negócio, o que se traduz em mais 3% da média global e 7% da média da União Europeia.

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