A União Europeia disponibilizou 150 000 euros em fundos humanitários para ajudar as pessoas afectadas pelas inundações com abrigo, água, saneamento e saúde.
Este financiamento da UE apoiará a Cruz Vermelha de Moçambique na prestação de assistência humanitária muito necessária às comunidades afectadas. Isso inclui abrigo temporário imediato para as famílias que perderam as suas casas devido ao ciclone, acesso à água potável, serviços de primeiros socorros para as comunidades afetadas de forma a tratar ferimentos e evitar a perda de vidas, fornecimento de redes mosquiteiras para proteção contra a malária e fornecimento de bens essenciais básicos, como cobertores, colchões e utensílios de cozinha.
Esta ajuda humanitária irá beneficiar directamente 7 500 pessoas nas províncias da Zambézia, Sofala, Manica e Tete, afectadas pelas cheias e pelo impacto do ciclone. No total, mais de 17 mil pessoas serão beneficiadas com serviços de higiene nos centros de abrigo.
O financiamento faz parte da contribuição geral da UE para o Fundo de Emergência de Emergência em Desastres (DREF) da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC).
O ciclone tropical Idai atingiu a costa de Moçambique o seu centro localizava-se a cerca de 25 quilómetros a noroeste da Beira, com chuvas fortes e ventos até 167 km por hora. Desde o início das inundações no início do mês, morreram à volta de 100 pessoas, mais de 100 sofreram ferimentos e 17 100 tiveram de deixar as suas casas nas províncias da Zambézia, Sofala e Tete. O acesso às zonas afectadas continua a ser um desafio devido às estradas inundadas e danificadas. Moçambique está sujeito a riscos relacionados com o clima que podem ter um impacto severo na população e infraestruturas do país.
A União Europeia, juntamente com os seus Estados-Membros, é o principal doador mundial de ajuda humanitária. A ajuda humanitária é uma expressão da solidariedade europeia para com as pessoas necessitadas em todo o mundo. O objetivo é salvar vidas, prevenir e aliviar o sofrimento humano e salvaguardar a integridade e a dignidade humana das populações afetadas por desastres naturais e crises provocadas pelo homem.
A Comissão Europeia, através das suas Operações Europeias de Protecção Civil e Ajuda Humanitária (ECHO), ajuda milhões de vítimas de conflitos e catástrofes todos os anos.
A Comissão Europeia assinou um acordo de delegação humanitária de 3 milhões de euros com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) para apoiar o Fundo de Emergência em Desastres (DREF). Os fundos do DREF são principalmente destinados a desastres de “pequena escala” – aqueles que não dão origem a um apelo internacional formal.
O Fundo de Emergência em Desastres foi criado em 1985 e é apoiado por contribuições de doadores. Cada vez que uma Sociedade Nacional da Cruz Vermelha ou do Crescente Vermelho precisa de apoio financeiro imediato para responder a um desastre, ela pode solicitar fundos do DREF. Para desastres de pequena escala, a IFRC atribui doações do Fundo, que podem então ser reabastecidas pelos doadores. O acordo de delegação entre a IFRC e a ECHO permite a este último reabastecer o DREF para operações acordadas (que se enquadram no seu mandato humanitário) até um total de 3 milhões de euros.
A declaração do Comissário responsável pela Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides: “Moçambique não está sozinho nestes tempos difíceis. Mais apoio da UE vem a caminho. Estamos a trabalhar dia e noite para entregar bens essenciais e salvar vidas. Também enviamos peritos humanitários para as áreas afetadas, de modo a coordenar a nossa assistência. Agradeço aos Estados-membros pelo seu apoio generoso. Assistimos à solidariedade da UE em ação.” Numa resposta imediata, o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência já recebeu ofertas de prestação de assistência através desse mecanismo por parte da Alemanha, Dinamarca, Espanha, Itália, Luxemburgo, Portugal e do Reino Unido. A assistência inclui ofertas de equipamento de purificação de água, equipas de emergência médica, tendas e abrigos, kits de higiene, alimentos, colchões e equipamentos de comunicação por satélite para uso dos trabalhadores humanitários no terreno. Além disso, uma equipa de 12 peritos provindos de sete Estados-membros (Alemanha, Finlândia, Holanda, Portugal, Roménia, Suécia, Eslovénia) será enviada para Moçambique para auxiliar na logística e aconselhamento. Esta assistência é adicional face aos 3.5 milhões de EUR em ajuda humanitária que a UE anunciou no início da semana para Moçambique, Maláui e Zimbabué, bem como aos 250,000 EUR providenciados às organizações nacionais da Cruz Vermelha de Moçambique e do Maláui. O serviço de cartografia por satélite do Programa Copérnico também está a ser utilizado para auxiliar as autoridades locais a trabalhar no terreno.